Acabe com as dúvidas e descubra, de uma vez por todas, as diferenças entre Simples Nacional e MEI em nosso guia completo.

O ano de 2020 foi marcado pelo recorde em aberturas de empresas no país. Foram mais de 3 milhões de novos negócios que surgiram pela necessidade de formalização dos empreendedores, mas também pelo sonho do brasileiro em ter seu próprio negócio.

Segundo dados recentes divulgados pelo Sebrae, ter um empreendimento é um item que figura, na média, em quarto lugar nos sonhos dos brasileiros. Esse número mostra a vontade que os cidadãos possuem em criar, gerenciar e expandir sua visão de mundo através dos negócios.

Mas, para que isso seja possível, é necessário atender aos requisitos burocráticos para definir qual será o enquadramento da organização. E com base nesse assunto, criamos um artigo especial para esclarecer a diferença entre o Simples Nacional e MEI — dois dos principais regimes utilizados no país.

Quer saber mais? Continue lendo para tirar suas dúvidas. Boa leitura!

Quais as diferenças entre Simples Nacional e MEI

Para que seja possível entender a diferença entre Simples Nacional e MEI, primeiro precisamos compreender como cada modalidade funciona na prática. É com base nessas características que poderemos fazer uma comparação precisa e entender as diferenças.

O que é e como funciona a modalidade MEI?

A MEI surgiu como uma alternativa para profissionais autônomos se regularizarem, emitirem notas e, assim, tratarem seu negócio como uma verdadeira empresa — mesmo com atuação mais tímida e limitada ao trabalho exclusivo do empreendedor.

Essa modalidade jurídica simplifica o pagamento de impostos, que podem ser no máximo três, de acordo com o tipo de serviço prestado. Por um pequeno valor mensal, o empreendedor que aposta na MEI já paga as taxas de INSS, ICMS e ISS em uma única guia.

Além disso, outras características são adotadas pela modalidade MEI, tanto para o teto de ganhos anuais e para a contratação de funcionários.

No primeiro caso, o empreendedor do tipo MEI pode faturar, anualmente, R$ 81.000. Ao passar disso, é necessário fazer uma readequação da modalidade da empresa — assunto que falaremos em seguida.

No segundo caso, a MEI pode contar com a contratação de um único funcionário, desde que este receba até um salário mínimo ou o piso salarial da sua categoria. Assim, o empreendedor pode contar com uma ajuda na sua rotina profissional de forma legalizada perante à lei.

Outra característica importante, mais uma diferença entre Simples Nacional e MEI, é a limitação da sociedade. Quem opera como microempreendedor individual não pode fazer parte do quadro societário de outra empresa, algo que não acontece para o modelo Simples Nacional.

O que é e como funciona a modalidade Simples Nacional?

O regime Simples Nacional também foi criado para facilitar a manutenção tributária da empresa por parte do empreendedor. Com regras mais amplas, o Simples Nacional é destinado para Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP).

Para os dois casos, os tributos a serem pagos, conforme a venda de produtos ou serviços acontece, também é simplificada em uma única guia, mas a quantidade de impostos e taxas aumenta de forma considerável:

• IRPJ;
• CSLL;
• PIS/PASEP;
• Cofins;
• IPI;
• ICMS;
• ISS;
• CPP.

E a diferença entre Simples Nacional e MEI não para por aí. Para uma ME que opera no Simples Nacional, o valor de faturamento anual sobe para R$ 360.000. Já uma EPP pode faturar anualmente até R$ 4.800.000.

Outro ponto importante é a contratação de funcionários, que é totalmente potencializada nas duas modalidades. Assim, a estrutura de uma empresa que opera no Simples Nacional, em todos os aspectos, é muito maior do que uma MEI.

Por último, o Simples Nacional permite que sócios façam parte de uma mesma empresa. Ou seja, a organização pode operar sob a administração de 1 ou mais responsáveis, o que é importante para o crescimento dos negócios.

Diferença entre Simples Nacional e MEI: comparativo

Entendeu a diferença entre Simples Nacional e MEI? Agora é hora de escolher

Agora que você entendeu os principais pontos e todas as diferenças entre Simples Nacional e MEI, é hora de fazer sua escolha pelo melhor regime tributário para a sua realidade. Nesse ponto, como podemos ver, a escolha é uma questão bem simples, visto que o faturamento anual e a contratação de funcionários são fatores determinantes nessa hora.

Portanto, se você pretende empreender sozinho nesse momento e estima que seu faturamento anual não irá ultrapassar R$ 81.000, opte pelo modelo mais simples, que é a MEI.

Caso sua empresa já tenha previsões de faturamento mais amplas, ou que a necessidade de colaboradores seja latente, opte pelo Simples Nacional, seja uma ME ou uma EPP. Também considere esses modelos caso a sociedade com terceiros seja inevitável.

Importante: não existe um modelo melhor apenas pela definição. Cada escolha precisa refletir o que você precisa, como empreendedor, para operar legalmente.

Leia também: Qual tipo de empresa abrir? Descubra as alternativas possíveis 

E se for necessário migrar para outra modalidade?

Mesmo que você inicie sua carreira de empreendedor como MEI, é possível mudar de categoria conforme os negócios, felizmente, evoluem. Assim, quando a empresa decolar e precisar faturar mais, contratar funcionários e, de forma geral, expandir, você poderá trocar da modalidade sem dor de cabeça.

No entanto, para que esse processo de mudança — e de acompanhamento — seja feito sem dores de cabeça, será necessário ter o melhor suporte contábil para garantir que nenhuma brecha coloque seu negócio em risco.

Nesse sentido, a CBP Contabilidade pode atuar como seu braço direito, dando todo o suporte contábil e tributário, para sua empresa operar sempre com tranquilidade. Confira os nossos serviços e aposte em quem tem mais de 30 anos de experiência no mercado.