Investimentos estão sendo impactados pela nova taxa Selic e também por fatores externos
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira (15) um aumento de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros da economia. Com a decisão, a chamada Selic subiu de 12,75% para 13,25% ao ano, alcançando o maior valor desde janeiro de 2017.
É preciso levar em conta fatores externos como a inflação mundial, a guerra no leste europeu, e também, o fato de estarmos em ano eleitoral. Todos esses fatores influenciam direta ou indiretamente no cenário econômico.
E como ficam os investimentos?
Com a definição, a caderneta de poupança seguirá perdendo para outras aplicações em Renda Fixa.
Para garantir boa rentabilidade nesse período conturbado, o ideal é investir em Renda Fixa, com taxas pós-fixadas acima de 110% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI).
Com os juros mais altos, a rentabilidade oferecida por títulos de Renda Fixa bancários e públicos como os do Tesouro Direto e CDBs (Certificado de Depósito Bancário) é maior.
Assim como os títulos privados como Debêntures (títulos emitidos por empresas para financiar seus projetos e operações), Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) também continuam sendo boas opções.
Além disso, os investimentos pós-fixados continuam tendo uma boa rentabilidade: CDI+1 CDI+2 CDI+3 são ótimas opções acima de 14, 15 e até 16%, muitas vezes ainda com isenção de imposto de renda.
Juros altos levam os investidores a migrarem da renda variável para a fixa, mas é preciso cautela. Se a Selic sobe é porque a inflação também está alta, e no final, ao descontar o valor inflacionário do ganho com a renda fixa, o ganho real poderá não ser tão vantajoso para o investidor.